Professor de informática em penitenciária de segurança máxima é preso por serviço de 'pombo-correio' para detentos no ES

Polícia Penal investiga se Leonardo Ribeiro Lira, de 46 anos, também levava drogas para os internos. Homem foi flagrado com cartas na Penitenciária de Segura...

Professor de informática em penitenciária de segurança máxima é preso por serviço de 'pombo-correio' para detentos no ES
Professor de informática em penitenciária de segurança máxima é preso por serviço de 'pombo-correio' para detentos no ES (Foto: Reprodução)

Polícia Penal investiga se Leonardo Ribeiro Lira, de 46 anos, também levava drogas para os internos. Homem foi flagrado com cartas na Penitenciária de Segurança Máxima de Viana, na Região Metropolitana de Vitória, e atuava em outras três unidades. Professor é preso por levar cartas de detentos para o tráfico fora do presídio Um professor de informática que trabalhava em presídios da Região Metropolitana de Vitória foi preso nesta quinta-feira (8) por levar recados de detentos para parentes e traficantes do lado de fora das penitenciárias. Segundo a Polícia Penal, Leonardo Ribeiro Lira, de 46 anos, atuava em quatro presídios como uma espécie de 'pombo-correio' e ganhava R$ 600 por cada carta levada. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Ainda de acordo com o órgão, o docente foi contratado há três meses pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu) para atuar nos presídios com aulas de informática. Lira confessou que recebia pagamento pelos recados, que tinham ordens para a atuação do tráfico. O g1 não conseguiu contato com a defesa do professor. Como funcionava o esquema O professor foi flagrado com várias cartas de três detentos na Penitenciária de Segurança Máxima 1 em Viana , na Região Metropolitana de Vitória. Leonardo Ribeiro Lira, de 46 anos, professor de informática foi preso por levar cartas de detentos com ordens de traficantes para fora do presídio no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta O diretor de operações da Polícia Penal, Weleson Vieira, destacou que Lira se aproveitava das aulas de informática para pegar os recados e também dava aula de educação física para os presos. "Ele articulava junto com os presos, e iniciou uma tarefa de transcrever cartas no computador. Ao lado dele estavam os presos, e faziam uma fotografia pela webcam. Nessas cartas, os presos mandavam ordens e pedidos para os seus familiares. Diante disso, ele salvava essas cartas em um pen drive e saía com ele, que era o material que ele utilizava para administrar a aula", explicou. Vieira pontuou que quando o professor deu início à operação com as cartas, os presos começaram a pedir outros favores. "Os presos começaram a demandar ele pedindo entrada de drogas, isqueiro, caneta, coisas que têm valor dentro de um presídio. Ele alega que não entrou com drogas, mas com isqueiro e caneta. Foi preso com ele também um caderno com a anotação dos pedidos. Então, tem anotações de pedidos e valores transcritos nesse caderno", relatou. LEIA TAMBÉM: Criança e outras três pessoas ficam feridas em acidente entre caminhão e carro na BR-482, no ES VÍDEO: polícia prende homens que executaram rival do tráfico com 27 tiros durante emboscada na Serra, ES Detento é executado ao deixar prisão para a 'saidinha' de Dia das Mães no ES; cunhado também morreu em ataque O diretor-geral da Polícia Penal, Jose Franco Morais Junior, informou que o professor também atuava no presídio feminino de Cariacica, na penitenciária agrícola em Viana, no Centro de Detenção Provisória de Viana 2. "O conteúdo dessas cartas é ilícito e problemático. E o que esse professor fazia para que as famílias acreditassem que as cartas tinha sido escritas pelos internos, era fazer a fotografia da carta e do interno dentro da sala de informática", disse. Professor de 46 anos foi preso ao ser flagrado levando cartas de detentos da Penitenciária de Segurança Máxima em Viana, Espírito Santo, para fora do presídio Reprodução/TV Gazeta Após a prisão, os policiais penais revistaram o carro do docente e encontraram R$ 1.200 e haxixe. O homem passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) e foi levado para o Centro de Triagem de Viana A Polícia Penal afirmou que esse foi um caso isolado e que não suspeita de outros professores que também dão aula nos presídios. "Os professores são fundamentais no processo de ressocialização que a nós é muito caro. E a nossa divisão de inteligência, que fez as investigações e chegou a esse caso, foi cirúrgica e buscou esse professor porque havia indícios apenas contra esse professor. Nós não temos nenhum tipo de suspeitas de outros professores, a classe está intacta. Era esse, esse foi pego e vida que segue", narrou o diretor-geral. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo